O sentido gramatical e simbólico de ambaŭ no Esperanto (O artigo está em elaboração - work in progress.) Dr. Marco Antônio Bomfoco A palavra ambaŭ ocupa um lugar curioso e fascinante na gramática do Esperanto. Desde os primeiros tempos da língua auxiliar internacional planejada pelo médico polonês Ludoviko Zamenhof (1859-1917) e divulgada a partir de 1887, com o objetivo de ser uma segunda língua para todas as pessoas, estudiosos discutem se essa palavra deve ser considerada um adjetivo ou um pronome. A dúvida não é apenas técnica: toca o coração da estrutura lógica do idioma, que busca clareza e regularidade sem perder flexibilidade. Em princípio, os adjetivos qualificam substantivos e concordam com eles, enquanto os pronomes substituem ou acompanham substantivos para indicar referência. No entanto, ambaŭ parece oscilar entre esses dois mundos - ora como qualificador, ora como substituto - e é justamente nessa fronteira que reside seu interesse gramatical...
Dr. Marco Antônio Bomfoco* A correção linguística e a adesão a normas objetivas não devem ser vistas como formas de preconceito, mas como elementos essenciais para evitar ambiguidades e garantir clareza na comunicação. A pressuposição de que a norma padrão é necessariamente a linguagem da elite privilegiada social e culturalmente é, na verdade, uma ideia prejudicial e autodestrutiva. É descabida a atitude de condenar a norma padrão sob a alegação de que ela restringe a diversidade linguística, pois isso desconsidera a capacidade natural dos falantes de alternarem entre diferentes modalidades linguísticas conforme o contexto, uma habilidade que o gramático Evanildo Bechara descreve como ser “poliglota na própria língua”. Sem uma variedade formal, como poderia o cidadão participar efetivamente do discurso público? O objetivo da norma padrão é proporcionar uma base comum para aprender e para discutir questões e problemas relevantes. Por outro lado, a fala coloqui...